Trovinhas ingênuas
Paixões não correspondidas
amarguradamente sofridas
dolorosamente sentidas
eternamente perdidas.
Por escuras e fétidas vielas
jovens vidas incautas na contra-mão
sorridentes e ingênuas se vão elas
mariposas, nas asas da prostiruição.
Vem, segura minha mão
siga comigo pelo caminho
cantando a nossa canção
qual mavioso passarinho.
Madrugada de calor
sexo, beijos e abraços
louca paixão, doce amor
se rendem ao cansaço.
Com saudades de você
cultivei belos jardins
mas pra quem, pra quê ?
estas rosas, cravos e jasmins?
Pediu-me para voltar,
como poderia,
se meu coração está
em outro lugar?
Que saudades mais doída
sei não a mais sentida
à quem parte ou à quem fica?
na derradeira despedida.
Que luminoso momento,
a troca de anéis,
assinaturas de papéis
no sublime casamento.
Se não fosse o silêncio
o pulsar intenso do coração
neste romântico momento
não ouviríamos a canção.