Sou a permissão concedida.

Sou o sina da capela

A curva de uma estrada

Apaixonado por uma bela

Um trovador da madrugada.

Sou o grito da coruja

Quando a lua se esconde

Sou o rio que o homem suja

E por esse crime não reponde.

Sou uma boa intenção

Um coração enamorado

Sou o valor da proteção

Um envelope lacrado.

Sou alguem que escreve

Sobre a flor da paineira

E o carinho que me deve

Essa guria meiga e faceira.

Sou a lua refletida

Na mansidão de um lago

Sou a permissão concedida

Sou ternura e sou afago.

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 01/12/2011
Código do texto: T3365733
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