Não importa o que acontecer.

Eu sou o fio da navalha

A chuva mansa no telhado

Sou as folhas secas na calha

Sou um lindo vaso trincado.

Eu sou a lende de uma lupa

Uma blusa desbotada

Sou o pedido de desculpa

Sou a paixão desenfreada.

Sou uma ave de rapina

Um trovador de verso singelo

Apaixonado por uma menina

Que nada eu já vi de mais belo.

Sou o medo da noite escura

E um amanhecer risonho

Sou um momento de ternura

E a incógnita de um sonho.

Tudo que você quizer eu sou

E muito mais posso ser

Ao inteiro dispor do amor estou

Não importa o que acontecer.

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 25/11/2011
Código do texto: T3356612
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