Quem sabe sou o começo.

Sou o frio da madrugada

Sou o ouro do anel

Sou uma alma embriagada

Por dois olhos de mel.

Sou a ave em extinção

Sou a floresta queimada

Sou um teimoso coração

Só uma alma enamorada.

Sou o meio e sou o fim

Quem sabe sou o começo

Sou o não e sou o sim

O tesouro que não mereço.

Sou aquela tempestade

Que arasou o roçado

Sou a propria ansiedade

Sou a frase da oração.

Sou o barulho do trovão

A chuva fina e mansa

Sou um pouco de solidão

O amante que não se cansa.

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 18/11/2011
Reeditado em 18/11/2011
Código do texto: T3342051
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.