Espalhando todo orvalho.
Sou o silencio que grita
O nome dela baixinho
Sou a poesia aflita
Vigiada po espinho.
Sou a joaninha faceira
Que pensa ser a dona
De um jardim sem fronteira
Que o destino abandona.
A mercê de um vento forte
Que balança folha e galho
Mudando o rumo e a sorte
E espalhando todo orvalho.
Sou a coragem desse bichinho
Que só acredita no amor
Mesmo quando deixa sozinho
Os versos de um trovador.
Sou as rosas desse jardim
Abandonado pelo destino
Sou o começo o meio e o fim
Do sonhar de um menino.