Espalhando todo orvalho.

Sou o silencio que grita

O nome dela baixinho

Sou a poesia aflita

Vigiada po espinho.

Sou a joaninha faceira

Que pensa ser a dona

De um jardim sem fronteira

Que o destino abandona.

A mercê de um vento forte

Que balança folha e galho

Mudando o rumo e a sorte

E espalhando todo orvalho.

Sou a coragem desse bichinho

Que só acredita no amor

Mesmo quando deixa sozinho

Os versos de um trovador.

Sou as rosas desse jardim

Abandonado pelo destino

Sou o começo o meio e o fim

Do sonhar de um menino.

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 03/10/2011
Reeditado em 09/10/2011
Código do texto: T3256230
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