Rebelde sem causa.

Tio escreva ai que eu sou um fedelho

Sou indigno de dar um conselho

A minha vida não serve de espelho

Para um jovem que quer ser correto

Fui um jovem rebelde sem causa

Deste que detona inferna e arrasa

Eu levei muito desgosto pra casa

Magoando uma mãe e um pai simples e honrado.

Pus a minha confiança em mas companias

Para a familia que as mãos me estendia

Covardemente fiz sofrer enganava e mentia

Já aos doze anos na droga eu me engresei

Eu achava que era o unico dono da verdade

Me recusando a dar ouvidos a realidade

No caminho que escolhi eu perdi a liberdade

Pra pagar os meus erros estou nas garras da lei.

Eu amava a liberdade peguei 18 anos de confinamento

Tio espalhe aos jovens este meu depoimento

Não queiram saber a amargura o tedio e o tormento

o infernal sofrimento que aqui dentro eu tenho vivido

Me lembro dos meus pais e da minha casa modesta

Onde a minha chegada já era motivo de festa

Lagrimas e desgostos é só que agora me resta

Pela grotesca ingenuidade dos conselhos não ter ouvido.

Uma boa parte da minha vida eu joguei pela janela

Eu que sempre me gabei por ser o dono dela

Só agora é que eu descubro o quanto era bela

Para a sociedade eu quero e tenho que pedir perdão

Ao senhor nosso Deus eu imploro por clemencia

Pois o erro que mais me dói na conciencia

É aquele de ter praticado a desobediencia

Aos meus pais que tanto batalharam por minha educação.

Ao se despedirem abraçado pelo pai tremia e chorava

Olhando para o par de algemas triste recordava

Dos belos conselhoa que aquele velhinho lhe dava

Que por sua vez ele nunca não ouviu e nem obedeceu

Então levantei fechei o meu caderno e sai

Nem o final daquela cena do abraço eu não vi

Transformei em versos tudo que me pediu e eu escrevi

Acredito que muita gente vai ler esse era o desejo seu.

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 19/12/2006
Código do texto: T322199
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