Sou a metade do nada.
Sou a seiva da florzinha
Que aprecia a madrugada
Sou a chuva mansinha
Deixando a terra molhada.
Eu sou o clarão da lua
Que inspira o trovador
Como um balsamo que atua
Quando a saudade traz dor.
Eu sou o ponto final
Da outra frase o começo
Sou só uma idéia genial
Sobre algo que não tem preço.
Sou a noite fria e escura
Sou somente um colibri
Sou quem da tua ternura
Por motivo nenhum esqueci.
Sou um pedaço de tudo
E só a metade do nada
Sou a flecha e sou escudo
Eu sou uma presa caçada.