Sou a metade do nada.

Sou a seiva da florzinha

Que aprecia a madrugada

Sou a chuva mansinha

Deixando a terra molhada.

Eu sou o clarão da lua

Que inspira o trovador

Como um balsamo que atua

Quando a saudade traz dor.

Eu sou o ponto final

Da outra frase o começo

Sou só uma idéia genial

Sobre algo que não tem preço.

Sou a noite fria e escura

Sou somente um colibri

Sou quem da tua ternura

Por motivo nenhum esqueci.

Sou um pedaço de tudo

E só a metade do nada

Sou a flecha e sou escudo

Eu sou uma presa caçada.

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 31/08/2011
Código do texto: T3193393
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