Natal
Desde a minha meninice
que me falam no natal...
E é sempre a mesma mesmice,
vamos indo, menos mal,
que nos valha a gulodice!
De Jesus não há sinal!
Vale apenas o momento,
este momento anual,
de raro recolhimento,
de nos sonharmos natal.
Festejai, que é de bom tom!
Vinte e quatro horas de amor!
Abaixo o mau! Viva o bom!
Depois, novamente a dor,
a preto e branco e sem som.
José-Augusto de Carvalho
13 de Dezembro de 2006.
Viana do Alentejo * Évora * Portugal
Do livro em construção:
O MEU CANCIONEIRO
Parte III, cantigas de escárnio e maldizer