Tal qual mobilia velha.
É quando morre a paixão
Que mais um poeta nasce
Pra aguçar um coração
Fazer a lagrima rolar na face.
Ao recordar um passado
E muita saudade sentir
E pela rotina soterrado
Pra tão longe querendo ir.
A sonhar com o que não fez
Mas que deveria ter feito
E por pensar que era sensatez
Foi tudo guardado dentro do peito.
Hoje como tristeza espelha
Esses inuteis guardados
Tal qual mobilia velha
De tudo que foi sonhado.
E a poesia está em tudo
E só põe em pauta o que passou
Entre o ontem e o hoje um escudo
Já que o futuro ainda não chegou.