A vida do mal empregado.
A vida do mal empregado
É um oceano de fé
E ele um barco sem rumo
Que rema contra a maré
O patrão é a tempestade
Leva ele pra onde quer
Só não perde a esperança
Seja lá o que Deus quizer.
Quando ao seviço ele atraza
Patrão já lhe olha de lado
Sómente o seu pagamento
Que pode estar atrasado
Se acaso ele falhar um dia
Perde o domingo e o feriado
E a vizinhança já comenta
Este mes vai passar apertado.
Todos vizinhos já sabem
Pois sempre pede emprestado
O armazem que ele comprava
Por não pagar está sendo cortado
Se acaso ele vive alegre
Leva então o nome de folgado
Quando recebe uma visita
É porque está sendo cobrado.
Se ele não faz horas estras
É por isso que não tem dado
E se ele trabalha demais
Por todos tambem é criticado
O pobre deve estar numa tanga
E bastante necessitado
Muda de vida parceiro
Pos ai tu tá mal empregado.