TROVAS  CLXXXVII
Espalhadas pelo Recanto

Coração descompassado
bate forte sem parar.
Pelo amor tão transtornado,
não consegue se acalmar.
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Onda e sol busca a Joaninha
lá nas praias do Nordeste.
E de sobra a coitadinha
vai ver um cabra da peste.
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Uma lágrima caída
de seu olhar sofredor
faz-me sentir que na vida
só tem sentido o amor.
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Beija-flor vem à janela
dar bom-dia à linda-flor,
mas não sabe que pra ela
só existe o meu amor.
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Numa noite especial
foi tão bom aquele beijo.
A saudade crucial
torna-o vivo num lampejo.
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De segunda a domingo
estou sempre a cantar.
Das ofensas eu me vingo
só nos versos,ao trovar
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Eu boto as mágoas no verso,
Despacho pro mar a dentro,
E aguardo o seu regresso,
Já destilada,e sem veneno.
Miguel Jacó


Canta alegre a Celina
durante a semana inteira;
como canta essa menina,
que menina cantadeira!
Reneu do Amaral Berni


Se quem canta o mal espanta,
quem trova espanta o quê?
Não importa, pois encanta...
-Que prazer é ler você!
Meriam Lazaro 


O mundo viceja em versos
O amor se descortina
O Universo se faz estro
No lirismo de Celina.
Antenor Rosalino

Quantas trovas faz Celina!
No Recanto, sem parar,
Parece até bailarina
Do verso a nos encantar.
Cyro Mascarenhas 

Minha eterna professora,
Sinta meu contentamento...
Vendo-a bela e promissora,
A espalhar discernimentos...
Jaqcó Filho