PÉROLAS DE CARANANDUBA - Canto nº 4

INSPIRAÇÃO

Pousa leve n’alma minha,

alma imensa (universo),

na linha reta do verso,

uma ave ribeirinha.

O AMOR DE HOJE CEDO

Antes mesmo da neblina

se atocaiar no caminho,

teu sexo, verbo-espinho,

no meu sexo se confina.

ESTRADAS

São estas linhas, mormente,

versos repletos do nada,

sobre o chão da velha estrada

clarão de lua silente,

BODAS

Depois de passados dias

corro a mão sobre teu rosto,

só bem percebo desgosto,

saudades, melancolias.

PRAÇA DO RELÓGIO

Hoje o tempo está parado,

Baía do Guajará,

quilha, mulher, araçá,

relógio desconsertado.

Enzo Carlo Barrocco
Enviado por Enzo Carlo Barrocco em 04/07/2005
Reeditado em 08/07/2005
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