Que embriaga esse trovador.
Como uma habil bailarina
A minha caneta desliza
Um sorriso da cor da neblina
É o que em seus riscos ela visa.
Enchendo a pauta de encanto
Falando de um lindo vestido verde
De uma saudade que causa pranto
E uma beleza que me dá sede.
E em cada palavra escrita
Com maestria vai desenhando
O semblante de uma moça bonita
Com a qual eu vivo sonhando.
Olhos da cor de mel de abelha
Um jeitinho franco e sedutor
Perfumada como a rosa vermelha
Que embriaga esse trovador.
É um conjunto tão harmonioso
Que faz todo meu ego tremer
Ordenando meu coração ancioso
A dioturnamente escrever.