Dois ingressos.

Em uma tarde muito triste e amargurado

Os bons momentos da minha vida eu recordei

E por me ver num instante tão desprezado

Da mulher que que tanto quiz e muito amei

Pensando assim aos poucos fui bebendo

E finalmante por isso me embriaguei

E pelas ruas desertas do meu bairro

Durante muitas horas sem destino eu vaguei.

E de repente quando menos esperava

Na porta de um cinema eu parei

Relembrando loucamento o meu amor

Pra mim sózinho dois ingressos eu comprei

Amigos meus que presenciaram esta cena

Deram risadas mas pra isso eu não importei

Até o porteiro estranhou minha atitude

Mas não quiz me dizer nada porem.

Entrei no cinema alucinado

E na poltrona num cantinho eu me sentei

Mas bem antes que o filme iniciasse

Desesperado e com tristeza eu contemplei

Entre beijos e abraços de ternura

Em outros braços meu ex amor eu avistei

Apagam-se as luzes para o filme começar

Nesse momento eu do mundo me ausentei.

Durante o filme eu estava transtornado

Nenhuma cena daquela fita eu notei

E só depois com o chamado do porteiro

Foi que senti que eu meu ser eu voltei

O cinema já se encontrava vazio

Desiludido e amargurado então chorei

E o filme que nesta tela passou

Sinceramente até hoje eu não sei.

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 02/12/2006
Código do texto: T307828
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