O que pode apagar uma chama.

Eu sou muito pequeno

Na verdade sou um nada

Só uma gota de veneno

Na curva de uma estrada.

Sou um pedido com zelo

Que talvez nem seja atendido

Sou apenas um apelo

Pra nunca ser esquecido.

Sou um sino que badala

No alto de uma torre

Sou o sielencio que fala

E por onde os dedos escorre.

Como a areia da praia

No interior de uma ampulheta

Que não se preocupa com vaia

De uma lingua espoleta.

A vida vai se esvaindo

A cada humilde segundo

Olhando a esperança sorrindo

E se despedindo do mundo.

O que nada tem a ver

Com esse poeta que ama

E somente pretende escrever

Sobre o que pode apagar uma chama.

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 23/06/2011
Reeditado em 24/06/2011
Código do texto: T3053423
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