AOS POUCOS

Forma-se aos poucos - fio a fio,

Nos cismos dos montes, nas alturas,

Contorna as pedras - corre macio,

Um riacho de águas tão puras.


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Rio que corre macio e ligeiro, 
me deixa sozinha, leva meus janeiros, 
me deixa ao relento, tão pobre a chorar. 

Se foram no vento os sonhos que eu tinha,
saudade machuca, saudade é só minha 
no dia de sol, na noite ao luar.

E o rio corrente prossegue e segue...

Que a leve consigo minha dor carregue.

(HLuna).