Encher a noite de poesia.
Tem um silencio gritando
Aqui dentro dessa sala
Parece até me acusando
Mas é de um amor que ele fala.
De um barquinho ancorado
E de uma pétala bem macia
De um dueto suave rimado
Numa longa madrugada fria.
Fala de um olhar de mel
De uma dama sem igual
A obra de um habil pincel
No alto de um pedestal.
E o silencio tem razão
Eu nada posso fazer
A não ser imformar o coração
Que sozinho eu vou escrever.
A vida oferece surpreza
Que até o silencio desagrada
Diante dos meus olhos a beleza
Que só existe numa fada.
Acho que vou gritar tambem
Fazendo ao silencio parceria
Porque é só que me convem
Encher a noite de poesia.