Do Mundo Deus É O Dono
Tua casa é a rua nua
A lua a tua coberta
Vives de déu em déu
Como estrelas no céu
Tua escola que é a vida
Contigo pega pesado
Antes tinhas um nome
Hoje és abandonado
Reviras restos no lixo
Perdido com olhar fixo
Fome de amor e carinho
Neste teu viver sozinho
Na boca de poucos destes
Sorve o amargo sofrer
De caminhar solitário
No existir imaginário
Roupas rotas desbotadas
Travesseiro de jornais
Os pés descalços no frio
Muitos fingem que não viu
Um dia te ensinaram
Para que amasse o próximo
Só que o próximo te rejeita
Com todo tipo de desfeita
Tua mãe ganhou o mundo
Cansada de tanto sofrer
Teu pai nem sabes o nome
Duro é o teu sobreviver
Os tais direitos iguais
São surdos para os teus ais
Assim segues ignorado
No meio do eleitorado
As tais das portas do mundo
Foram trancadas por dentro
De modo que o desalento
Tornou-se apenas lamento
Ainda que pise nas pedras
Chamadas de abandono
Nunca se esqueça menino
Do mundo Deus é o dono.
(Ana Stoppa)
Obrigada Mestre Miguel Jacó pela
interação:
Tua casa é a rua nua
A lua a tua coberta
Vives de déu em déu
Como estrelas no céu
Tua escola que é a vida
Contigo pega pesado
Antes tinhas um nome
Hoje és abandonado
Reviras restos no lixo
Perdido com olhar fixo
Fome de amor e carinho
Neste teu viver sozinho
Na boca de poucos destes
Sorve o amargo sofrer
De caminhar solitário
No existir imaginário
Roupas rotas desbotadas
Travesseiro de jornais
Os pés descalços no frio
Muitos fingem que não viu
Um dia te ensinaram
Para que amasse o próximo
Só que o próximo te rejeita
Com todo tipo de desfeita
Tua mãe ganhou o mundo
Cansada de tanto sofrer
Teu pai nem sabes o nome
Duro é o teu sobreviver
Os tais direitos iguais
São surdos para os teus ais
Assim segues ignorado
No meio do eleitorado
As tais das portas do mundo
Foram trancadas por dentro
De modo que o desalento
Tornou-se apenas lamento
Ainda que pise nas pedras
Chamadas de abandono
Nunca se esqueça menino
Do mundo Deus é o dono.
(Ana Stoppa)
Obrigada Mestre Miguel Jacó pela
interação:
17/05/2011 23:20 - Miguel Jacó
O homem é um inquilino,
Neste intenso universo,
Nunca se deixe abater,
Pelas farpas da miséria.
(Miguel Jacó)
Neste intenso universo,
Nunca se deixe abater,
Pelas farpas da miséria.
(Miguel Jacó)