Uma coisa puxa a outra.
A caneta deixa um risco
E o pneu deixa um rastro
A vassoura leva o cisco
O periscópio observa o astro.
O risco se tonra um verso
E o rastro uma saudade
O astro brilha no universo
E na vassoura a simplicidade.
No verso uma declaração
Na saudade uma esperança
E no brilho a minha oração
Na simplicidade a perseverança.
Na declaração eu me abro
E na esperança eu aguardo
Na minha oração eu redobro
A perseverança no sagrado.
Uma coisa puxa a outra
A vida foi sempre assim
E em nada se encontra
Uma resposta para o fim.