O poder da gentileza.

Sou o telhado de zinco

Onde o sereno cai

Sou meia duzia,não cinco

Um pensamento que longe vai.

Sou a pauta do papel

O canteiro da poesia

Sou a doçura do mel

A duvida,e a ironia.

Sou a correia dentada

O nucleo de uma bobina

Sou a reunião encerrada

Que falava sobre propina.

Sou a bandeira que tremula

Uma folha solta ao vento

O galopar de uma mula

A busca do entedimento.

Sou uma cerca de bambu

A roseta da espora de prata

Um longo laço de couro cru

E o estalo de uma chibata.

Sou um velho dicionário

No cantinho de uma mesa

Sou as contas de um rosário

E o poder da gentileza.

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 31/03/2011
Reeditado em 31/03/2011
Código do texto: T2882507
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