Sem pressa de chegar.
Vou encilhar meu cavalo
E vou sair por ai
Talvez eu vá a São Paulo
Mas passarei por Tatuí.
Quero seguir por estrada
Bem longe do movimento
Nessa manhã ensolarada
Quero assistir o atrevimento.
De borboletas e abelhas
E o gorgeio de passarinho
Flores brancas e vermelhas
Margeando o caminho.
Só o barulho do trotar
De cachoeira e pardal
Sem apressa de chegar
Lá na agitatada capital.
Talves nem chegue mesmo
Vai ficar o meu cavalo e eu
Andando por ai a esmo
Sem notar que já anoiteceu.
É hora de parar pra dormir
Meditar um pouco e escrever
Quem sabe amanhã prosseguir
Tão logo ao amanhecer.