TROVAS DE AMOR - II

Senti meu coração soluçar quando te encontrei

E, vi a tristeza morando em teu olhar.

Não eram mais os olhos da mulher que tanto amei.

Eram sim, olhos de angústia e de penar.

Ciúme e o resultado de uma infeliz emoção.

É o sabor amargo de uma profunda dor.

É não saber controlar a paixão.

É não saber temperar com sedução o amor.

Se um dia alguém me disser

Que já amou sem sofrer.

Direi então, que nem sabe mentir sequer.

Pois, quem ama, pode até de amor morrer.

Quando você morena, passa por mim

Com esta malícia no andar.

Sinto um desejo sem fim

De ao seu lado caminhar.

Morena, não me responde agora.

A pressa não me deixa esperar.

Amanhã a essa mesma hora

A resposta você há de me dar.

As palavras não poderão exprimir

O que tenho pra lhe dizer.

Mas, meus olhos poderão definir

Todo amor que tenho pra lhe oferecer.

Ouvindo a canção que um dia me marcou

Lembrei-me de você com muito ardor.

Revivi uma felicidade que cedo terminou.

E, senti saudades daqueles momentos de amor.

Haroldo Franco

24/06/1990

Haroldo Franco
Enviado por Haroldo Franco em 02/03/2011
Código do texto: T2825148
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