Sou o charme e a ternura.
Eu sou a canela do cural
A marca eterna na tua vida
Uma petála singela no pedestal
A poesia que não quer ser esquecida.
Sou o presente sonhado
A carta que não foi entregue
Sou um luar belo e prateado
Iluminando o quintal do albergue.
Sou o espinho protetor
Da rosa branca mais linda
A humildade de um trovador
A espectativa das idas e vindas.
Sou uma cerca de arame
Que tenta conter o amor
Sou o medo de um vexame
E o ninho de um beija-flor.
Sou uma dourada moldura
Pendurada numa parede
Eu sou o charme e a ternura
Daquele teu lindo vestido verde.