Sou o charme e a ternura.

Eu sou a canela do cural

A marca eterna na tua vida

Uma petála singela no pedestal

A poesia que não quer ser esquecida.

Sou o presente sonhado

A carta que não foi entregue

Sou um luar belo e prateado

Iluminando o quintal do albergue.

Sou o espinho protetor

Da rosa branca mais linda

A humildade de um trovador

A espectativa das idas e vindas.

Sou uma cerca de arame

Que tenta conter o amor

Sou o medo de um vexame

E o ninho de um beija-flor.

Sou uma dourada moldura

Pendurada numa parede

Eu sou o charme e a ternura

Daquele teu lindo vestido verde.

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 18/02/2011
Código do texto: T2800533
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.