V E R S O S V I V E R E S (23)

da CASCATA

Águas descendo a cascata

por caminhos nunca dantes,

são águas desestressantes

num barulhinho-serenata.

A cascatinha da mata

segue cantando ao léu

uma música que arrebata

batendo no teto do céu.

Ouvi-las, águas candentes,

cantando ali na cascata,

é ouvir Poesias imanentes

que escorrem do fundo da mata.

Não ouço mais a cascata

do meu rio beira-estrada,

esta seca malfadada

calou-lhe a doce serenata.