TROVINHAS AO VENTO (9)
Ninguém sabe o que é,
ninguém sabe onde está.
O cabelo fica em pé,
seria um boitatá?
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Nem bem chegou por aqui,
foi sumindo sem demora.
Vi um rastro de Saci
e outro de caipora.
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Em noites de lua cheia,
lobisomem a uivar?
E a coisa fica feia,
com vampiros a rondar...
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Na casa mal-assombrada,
três fantasmas e um louco,
tinha até alma penada.
Tive medo? Nem um pouco.
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Dia treze, sexta-feira,
tem quem fique arrepiado.
Eu, tranquilo a noite inteira,
durmo bem despreocupado.
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Tenho a fé sempre ao meu lado,
sou um homem corajoso.
Não me assusta o mau-olhado,
e tampouco o tinhoso.
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Da coragem vou ao fundo,
não tem mula-sem-cabeça,
nem tem coisas do outro mundo:
tudo é lenda, não se esqueça!!!
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(dedicado a todos aqueles que ouviam histórias de assombração, de trancoso, de sua mãe, pai, avô ou avó...)
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INTERAÇÕES
Nunca me faltou coragem,
tenho cabelo na venta.
Não me espanta a visagem:
se quiser experimenta.
(HLUNA)
Que delícia de trova! Me diverti... Só mesmo você!!! Valeu, amiga.
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Nunca fui de não temer
qualquer assombração que aparecer.
Agora ficar sem poder ler teu versar,
Acho que irei muito assombrar!
(Vana Fraga)
Obrigado, amiga poetisa... Muito obrigado...
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