TROVINHAS AO VENTO (9)

Ninguém sabe o que é,

ninguém sabe onde está.

O cabelo fica em pé,

seria um boitatá?

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Nem bem chegou por aqui,

foi sumindo sem demora.

Vi um rastro de Saci

e outro de caipora.

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Em noites de lua cheia,

lobisomem a uivar?

E a coisa fica feia,

com vampiros a rondar...

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Na casa mal-assombrada,

três fantasmas e um louco,

tinha até alma penada.

Tive medo? Nem um pouco.

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Dia treze, sexta-feira,

tem quem fique arrepiado.

Eu, tranquilo a noite inteira,

durmo bem despreocupado.

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Tenho a fé sempre ao meu lado,

sou um homem corajoso.

Não me assusta o mau-olhado,

e tampouco o tinhoso.

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Da coragem vou ao fundo,

não tem mula-sem-cabeça,

nem tem coisas do outro mundo:

tudo é lenda, não se esqueça!!!

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(dedicado a todos aqueles que ouviam histórias de assombração, de trancoso, de sua mãe, pai, avô ou avó...)

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INTERAÇÕES

Nunca me faltou coragem,

tenho cabelo na venta.

Não me espanta a visagem:

se quiser experimenta.

(HLUNA)

Que delícia de trova! Me diverti... Só mesmo você!!! Valeu, amiga.

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Nunca fui de não temer

qualquer assombração que aparecer.

Agora ficar sem poder ler teu versar,

Acho que irei muito assombrar!

(Vana Fraga)

Obrigado, amiga poetisa... Muito obrigado...

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José de Castro
Enviado por José de Castro em 15/02/2011
Reeditado em 28/02/2011
Código do texto: T2792948
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