Divina maestria.

Cada dia que amanhece

A Deus eu faço uma prece

Enquanto a natureza agradece

Deixando aflorar seus atributos

O cantar dos passaros apresenta

Quando seus filhotes alimenta

No galho de uma arvore que sustenta

Folhas verdes,flores e frutos.

Uma ciriema corre no trilho da invernada

A rolinha faz seu rastro na areia da estrada

Na mangueira o mugir da boiada

E o sol com seu calor dissipa o orvalho

As abelhas vagam sobre as flores

E as borboletas multicores

Revoam sem fazer rumores

Enfeitam a paisagem do brejo do atalho.

A relva molhada do sereno que caiu

O barulho suave das aguas mansas do rio

A sonolenta coruja observa o saltitante tiziu

E um vento morno balança as folhas

O anu e um bem-te-vi

Disputam um galho no pè de alecrim

O tico-tico tratando do chupim

Pois parece não ter escolha.

È manhã e tudo se agita

As maritaca que grita

E codorninha aflita

Corre em defesa do ninho

Porque um gavião errante

No seu matutino voo razante

Chega assustar bastante

Os indefesos passarinhos.

E a barulhenta cigarra

Fazendo grande algazarra

Um pardal là na piçarra

Toma seu banho de areia

E tudo segue em perfeita harmonia

Pois o grande regente tem sabedoria

Batuta comanda,Divina maestria

È a mão de Deus que tudo norteia.

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 31/10/2006
Código do texto: T278031
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