Divina maestria.
Cada dia que amanhece
A Deus eu faço uma prece
Enquanto a natureza agradece
Deixando aflorar seus atributos
O cantar dos passaros apresenta
Quando seus filhotes alimenta
No galho de uma arvore que sustenta
Folhas verdes,flores e frutos.
Uma ciriema corre no trilho da invernada
A rolinha faz seu rastro na areia da estrada
Na mangueira o mugir da boiada
E o sol com seu calor dissipa o orvalho
As abelhas vagam sobre as flores
E as borboletas multicores
Revoam sem fazer rumores
Enfeitam a paisagem do brejo do atalho.
A relva molhada do sereno que caiu
O barulho suave das aguas mansas do rio
A sonolenta coruja observa o saltitante tiziu
E um vento morno balança as folhas
O anu e um bem-te-vi
Disputam um galho no pè de alecrim
O tico-tico tratando do chupim
Pois parece não ter escolha.
È manhã e tudo se agita
As maritaca que grita
E codorninha aflita
Corre em defesa do ninho
Porque um gavião errante
No seu matutino voo razante
Chega assustar bastante
Os indefesos passarinhos.
E a barulhenta cigarra
Fazendo grande algazarra
Um pardal là na piçarra
Toma seu banho de areia
E tudo segue em perfeita harmonia
Pois o grande regente tem sabedoria
Batuta comanda,Divina maestria
È a mão de Deus que tudo norteia.