Poeira ao vento
Poeira. Desfalece lentamente, como se descansasse a cada segundo enquanto se desintegra para nunca mais ser. Ao decorrer da decaída, as lembranças são passadas uma a uma; veem-se momentos, de todos os tipos, e suas incessantes consequências derramam dois bálsamos, sendo os mais comuns; tristeza, outro alegria, e quando se tornam homogêneos, chega a realidade. Desse caído que desperta de seus triunfos e derrotas, ninguém mais se lembrará, como se fosse efeito de sua queda. Trinca centímetro por centímetro, e assim consequentemente até que se esfarela. Deixe perder, tudo isso. Nesse mundo não mais existirá, nem em sombra, nem em lembrança; agora, a poeira dessa existência se espalha através dos ventos, para outrora, quem sabe, voltar.