Pra que ela não bote banca.
Vou deixar a porta aberta
E a luz da sala acesa
A rua vai ficar deserta
E breve eu tenho certeza.
A saudade vai estar solta
Como eu observando a lua
E na sua artimanha envolta
Me trazendo história tua.
Mas hoje ela pode entrar
Eu quero recepciona-la
Ouvir o que ela tem pra falar
Aconchegada na minha sala.
Até uma taça de vinho
Eu vou oferecer pra ela
Melhor que ficar sozinho
Nessa noite suave e bela.
Talvez ela até conheça
Essa tal de felicidade
Que povoa a minha cabeça
Me tirando a serenidade.
Uma conversa bem franca
Com ela eu pretendo ter
Pra que ela não bote banca
Na hora que eu for escrever.