O VULTO

O grupo sai gargalhando

Qual pardal ao fim do dia.

Numa algazarra, chilreando,

Nos galhos da alegria.

Festejam o Fim do Ano;

Parecem transbordar de vida.

Não receiam o outono;

É primavera. Sem nostalgia.

Um vulto na janela,

Contempla tudo em silêncio.

Depois volta pra ‘cela’,

Vai remoer seu intento.

Não há lugar para ele,

De todos foi esquecido.

Esqueceu a prece,

Já não ouve os ‘sinos’.

Não ver no firmamento,

Uma luz jamais vista;

Que o acompanha qual vento,

Trazendo lhe a vida.

O vulto sempre ofegante,

Deixa então de gemer.

É que a Luz antes distante,

Veio lhe socorrer.

Ione Sak
Enviado por Ione Sak em 20/01/2011
Código do texto: T2741833
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