destemido, ao atemporal

o pulsar desse coração, move um desejo rumo ao sol,

uma doce contemplação da saudade do futuro,

remete os gestos à música que se eleva

sincronizadamente com a vida - o devir,

com a potência encontrada no interior de vulcão,

do nós fogo, este que queima o medo habitante

na proximidade que nos põe frente à frnete

com os espectros, refletidos em cada passo,

cada passo para dentro.

O transbordar desse dia se faz sentido nas núves

trilhas dos olhos meus.

Borboletas de asas pequenas pousam em sonhos

jamais vividos longe dessa linha tênue rumo

a dias de livre riso.

Oh deuses da noite, brincando com luas

acesas, venham e compartilhem uma suposta contradição,

para que pecamos a base dessa língua legislada no nada,

desses códigos que nos aprisionam. A carrtueagem

está aí. Os ritos se fazem constantes, as intensidades

confrontam cotas de duração totalitária. É hora de

esbanjar a atemporalidade que nos habita, sem temer

o extravio.