Tomara que não seja abandono.

O grito de uma coruja

Chamou a minha atenção

Será um grito de solidão

Ou a espera que o sol surja.

Será que existe tristeza

No coração dessa ave

De fisionomia suave

Que ao meu ver tem beleza.

A madrugada está fria

Encoberta pela neblina

E essa ave de rapina

Talvez vê nisso poesia.

Ou quem sabe a corujinha

Só quer mesmo se divertir

Esperando o dia surgir

Pra não se sentir sozinha.

Pode ser que está sem sono

Só apreciando o escuro

A brisa mansa e o ar puro

Tomara que não seja abandono.

Dessa coruja assanhada

Eu só sei que virou verso

Por invadir o meu universo

Gritando na madrugada.

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 05/12/2010
Código do texto: T2654119
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