Falando de terra molhada.

Eu sou um lobo que uiva

Olhando pra lua cheia

Sou o melhor da uva

Um simples rastro na areia.

Sou uma brisa mansa

Que desalinha o teu cabelo

Sou sou simplesmente criança

Sou o carinho e o zêlo.

Sou uma folha ao vento

Um pequenino pedregulho

Sou um coração ciumento

Do silencio sou o barulho.

Sou o orvalho da manhã

Uma abelha apressada

Menina eu sou teu fã

Serás por mim sempre amada.

Sou o canto de um sabiá

Logo no romper do dia

O grito de um sauá

O rastro de uma cutia.

Eu sou o cheiro da terra

Depois de uma chuvada

Sou o verso que encerra

Falando de terra molhada.

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 02/12/2010
Código do texto: T2648477
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