Da paixão sou fregues.
Eu sou a agua do rio
Que caminha para o mar
Sou a madrugada de frio
Sou o feitiço de um olhar.
Sou o verde de um vestido
Que chama muita atenção
Sou um trovador esquecido
Num oceano de paixão.
Sou a pena de um colbri
Que em pleno voo desprendeu
O canto belo de uma juriti
Quando a primavera percebeu.
Sou a caneta de prata
Que só escreve pra ela
Os acordes da serenata
Pra moça que está na janela.
Sou a agulha no palheiro
Ou uma incógnita talvez
Sou um coração cancioneiro
Da paixão eu sou fregues.