Sò o poeta vê.

Eu quero falar de detalhes

Do cotidiano da vida

Coisas tão simples e singelas

Que passam despercebidas

Uma fragil borboleta

Mas, linda bela e tão colorida

E as aguas mansas do rio

Levando uma flor caida.

Uma cigarra barulhenta

Cantando descontraida

E uma minuscula abelha

Na sua missão imbuida

E as formigas ligeiras

Que trabalham desinibidas

Um caracol solitario

Que não quer saber de corrida

Dois filhotes em um ninho

Anciosos pela comida.

Uma pequena joaninha

Na folha da margarida

E uma lagarta engraçada

Cinzenta fina e comprida

Por ser da cor da madeira

Se acha tão camuflada e escondida

Por nada, suspeita e para

Mas deixa a antena erguida.

A casa do João de barros

Estrategicamente construida

No galho de uma bela paineira

Que se destaca por estar florida

E a florzinha da laranjeira

Branca pequena e tão linda

Exalando um suave perfume

Quando a madrugada se finda.

Pequenas flores silvestres

Durante a noite invadidas

Pelo frescor do sereno

E ainda umidecidas

Com suas cores diversas

Parecem dar boas vindas

Coisas que sò um poeta vê

No meio de suas trovas perdias.

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 06/10/2006
Código do texto: T257389
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