Fingindo que me afaga.

Já passa das onze

Eu quero muito dormir

E como um sino de bronze

Lembranças a retinir.

Vai longe a minha mente

Sem sair do lugar

A pergunta é persistente

Porque fui te amar?

Minha paz foi embora

Depois de te conhecer

Me ensiene agora

Como faço pra te esquecer.

Vinte quatro horas por dia

É em você que eu penso

E vou fazendo poesia

Desse martirio imenso.

Acho que mais uma noite

Eu vou passar acordado

A mercê de um açoite

Insano e bem desalmado.

Que vai deixando marca

Que não mais apaga

Quando a saudade ataca

Fingindo que me afaga.

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 03/10/2010
Reeditado em 03/10/2010
Código do texto: T2535488
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