NADA PODE IMPEDIR-ME DE SONHAR.

Deixem-me nesse catre velho e úmido;

Esquecido, abandonado, emparedado...

Mas nesse espaço insulso,

Ainda consigo sonhar...

Deixem-me ficar tal qual trouxa imunda;

Rejeitada por mãos infames...

Mas nessa situação desditosa,

Ainda consigo sonhar...

Deixem-me ficar à beira desse rio,

Em seus barcos podem atravessar...

Enquanto fico exaurida, largada,

Ainda consigo sonhar...

Deixem-me ficar, fechem suas portas.

Fiquem guardados e bem abrigados...

Sob o vento e na chuva,

Ainda consigo sonhar...

29/09/10;01/10/2010

Ione Sak
Enviado por Ione Sak em 01/10/2010
Código do texto: T2531912
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