NADA PODE IMPEDIR-ME DE SONHAR.
Deixem-me nesse catre velho e úmido;
Esquecido, abandonado, emparedado...
Mas nesse espaço insulso,
Ainda consigo sonhar...
Deixem-me ficar tal qual trouxa imunda;
Rejeitada por mãos infames...
Mas nessa situação desditosa,
Ainda consigo sonhar...
Deixem-me ficar à beira desse rio,
Em seus barcos podem atravessar...
Enquanto fico exaurida, largada,
Ainda consigo sonhar...
Deixem-me ficar, fechem suas portas.
Fiquem guardados e bem abrigados...
Sob o vento e na chuva,
Ainda consigo sonhar...
29/09/10;01/10/2010