Sou um verso inacabado.

Eu sou o brilho do ouro

Desse anel na tua mão

Sou um feioso besouro

Desnorteado sem direção.

Sou uma gota de orvalho

Que vai umidecer a relva

Sou o sete paus do baralho

O grito de um babuino na selva.

Sou um fugitivo do ódio

E um garimpeiro do amor

Sou a medalha no pódium

A petála macia de uma flor.

Sou o toque da campainha

A chave de um oratório

Um peregrino que caminha

Sou o soluço no velório.

Sou um aluno aplicado

Sou o grampo no papel

Sou um trovador apaixonado

Por dois lindos olhos de mel.

Sou um verso inacabado

A busca da inspiração

Sou o perfume que exala

De uma bela rosa em botão.

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 19/09/2010
Código do texto: T2508150
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.