ENTRE O SONO E O ABANDONO

Esta noite eu tive um sonho
Daqueles que de sonhar não cansa
Porém no sonho  o abandono
Chorava aos pés da esperança.

E também chorava o sonho
Que não queria acordar
Com pena do abandono
Que eu tive que despertar.

E depois de despertada
Fiquei com pena de mim
Que por mim ninguém chorava
Que terrível e triste fim!

Do sono não despertava
Teimava até em prosseguir
Por aquela estranha estrada
E enovamente adormeci...


Brasília, 24/08/2010