Sou admirador de uma diva.
Sou o teto da capela
O piso de um cabaré
Eu sou o martirio dela
Sou o reflexo da fé.
Sou uma ave de rapina
Um humilde pirilampo
Sou o orvalho na campina
A serpente solta no campo.
Sou o silencio que invade
Uma sala de conferencia
Sou a dor de uma saudade
E um peso na tua conciencia.
De uma mãe eu sou a ternura
Sou o uivo do lobo guará
Sou uma simples caricatura
Que não consegue impressionar.
Sou aquele barco a deriva
Em alto mar virando em circulo
Sou admirador de uma diva
Que me considera ridiculo.
Sou o pensamento na madrugada
Que te faz até perder o sono
Não te deixo pensar em nada
A não ser num abamdono.