Sabor do vinho.
Se abrem de novo as cortinas
E eis ai mais uma bela madrugada
E a minha alma então se torna peregrina
E diante dela se estende uma longa estrada.
Nela a minha alma caminha silenciosa
Entre duas singelas margens bem floridas
E embora longa estreita e um pouco pedregosa
Está cercada de paisagens singelas e muito lindas.
Nessa caminhada segue a minha alma meditando
Ao contemplar muitas petálas jogadas pelo chão
E folhas pelo vento sendo arrastadas,mas sonhando
Com o sabor do vinho na taça de uma doce ilusão.
Nada pode mudar um destino já traçado
Por isso o unico jeito é em silencio seguir
Enfrentando como as folhas o vento agitado
E mesmo estando ansioso entre lagrimas sorrir.
E as cortinas ainda vão continuar abertas
E a lua clara e calma assistindo a cada ato
Iluminando na penumbra dessa estrada deserta
Enquanto o meu coração arranca verso do abstrato.
A madrugada é como uma fonte inesgotavel
Que mantem o coração mais forte a pulsar
A luz da lua clara e a brisa mansa e agradavel
Fazem crer que o meu coração não está sonhando.