Marcas eternas semeadas.

Passaste pela minha vida

Como um bravio rodamoinho

Arrancastes dores escondidas

Fazendo aflorar meus espinhos.

Até agora estou pensando

Como foi que isso aconteceu

E a conclusão que estou chegando

É que quem está aqui não sou.

Sabe? mexeste profundamente

Com o meu jeito pacato de ser

Não tem uma explicação coerente

Por mais que na vida eu escrever.

As minhas ruinas interiores

Jamais serão reconstruidas

E meus imensos campos de flores

Viraram um mar de petálas caidas.

Marcas eternas foram semeadas

E não param mais de germinar

Ainda te vejo ao longo da estrada

Sabendo que aqui não vai mais voltar.

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 21/07/2010
Reeditado em 21/07/2010
Código do texto: T2392035
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