BATEU ASAS, FOI EMBORA


Eu tinha uma calopsita
Que aprendeu falar meu nome
Perguntava o que eu queria
E dizia estar com fome...

Ela era tão bonitinha
Até aprendeu a assobiar
Andava a casa todinha
E nunca tentou voar,

Mas um dia por acaso
Alguém cá da vizinhança
Pediu para vê-la de fato
E como a gente se engana!

Abril a gaiola dela
E a bichinha estranhou
Fui eu quem ficou sem ela
Que bateu asas e voou.

Agora eu tenho uma nina
E ninguém me levará
Minha fofa cadelinha
Comigo sempre estará.


Brasília, 20/07/2010