Nunca terminarei de escrever.
As vezes fico quietinho
E docemente eu me lembro
De um clarão no meu caminho
Saudoso luar de um Novembro.
Os anos passam e não esqueço
Do luar daquela linda noite
Desenhando um endereço
Com o estalo de um açoite.
Nunca vai ser esquecida
Aquela janela aberta
E um sorriso cheio de vida
A inspiração de um poeta.
Só a lua por testemunha
Daquele meigo olhar sedutor
E que era eterno eu supunha
Aquele sublime sonho de amor.
E quanto ciume eu sentia
O luar tocando o rosto dela
Eu ia fazendo disso poesia
Todo amor que sentia por ela.
Foi um Novembro inesquecivel
Vou me lembrar enquanto viver
Desse romance indescritivel
Que nunca terminarei de escrever.