Nunca terminarei de escrever.

As vezes fico quietinho

E docemente eu me lembro

De um clarão no meu caminho

Saudoso luar de um Novembro.

Os anos passam e não esqueço

Do luar daquela linda noite

Desenhando um endereço

Com o estalo de um açoite.

Nunca vai ser esquecida

Aquela janela aberta

E um sorriso cheio de vida

A inspiração de um poeta.

Só a lua por testemunha

Daquele meigo olhar sedutor

E que era eterno eu supunha

Aquele sublime sonho de amor.

E quanto ciume eu sentia

O luar tocando o rosto dela

Eu ia fazendo disso poesia

Todo amor que sentia por ela.

Foi um Novembro inesquecivel

Vou me lembrar enquanto viver

Desse romance indescritivel

Que nunca terminarei de escrever.

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 12/07/2010
Código do texto: T2374100
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