DA POESIA – PARA O BICHANO COMER
204 Da poesia tiro a prosa
Também a sabedoria,
A ambas eu considero
Calçadas da minha via
205
Dos sonhos também tiramos
Um pé para a verdade,
Aquele provém do sono
E esta da realidade!
206
Se sonhar trouxer venturas
Eu devo ser venturoso,
Pois até acordado eu sonho
Alguns, porém, tenebrosos!
207
Sonhei que numa estrada
Um certo rastro eu seguia,
Mas se não olhasse atrás
Quem o deixou me comia!
208
Para salvar um felino
Quase que me matei,
Pois subi em um telhado
Onde uma telha quebrei,
209
O felino era um gato
Animal de estimação,
Estava preso em um quintal
Sem comida e sem ação,
210
Do telhado em que estava
Pude um cesto descer,
Com um pedaço de carne
Para o bichano comer!
REFLEXÕES SINTONIZADAS - LIVRO DO AUTOR PÁGINA 15