A LUA MANCHADA


Para nós poetas pensadores
Que se inspiram na soberana lua
Lamentamos que os predadores
A deixassem assim tão nua...

Ela era imaculada
E a ciência a manchou
Deixando algumas pegadas
Foi isso que a maculou.

Porém mesmo assim manchada
Nunca ela nos abandona
E a cada noite enluarada
Mais poetas se apaixonam.

Assim pela vida afora
Vamos nós a descrevendo
Se um dia ela for embora
Das lembranças viveremos.

Essa lua tão altiva e soberana
Que flutua docemente na amplidão
Não sabe que por ela se apaixonam
Os amantes da noite e da canção.

Brasília, 06/07/2010