Um amor a ser declarado.
Sou a curva de um caminho
O revoar de um beija flor
Sou o mais agudo espinho
Pra defender a bela flor.
Sou a caneta que chora
E molha o papel com poesia
Sou um coração que ora
Agradecendo por mais um dia.
Sou o sereno atrevido
Que deixa a rosa molhada
Sou um colibri convencido
Que a rosa é a minha amada.
Sou o galopar sem destino
Da mais doce e meiga ilusão
Sou trovador e sou menino
Mas nunca serei a perfeição.
Sou passaros em revoada
Quando terminha a tarde
Sou a saudade desenfreada
Que o coração dela invade.
Sou um imenso turbilhão
Um amor a ser declarado
Sou o punhal de uma paixão
Em um coração dilacerado.