Sou o ideal de uma busca.

Sou um lobo uivando

De olhos fixos na lua

Sou alguem amando

Sentindo a falta tua.

Sou um ribeirão que corta

A imensa e verde campina

Sou o que menos importa

Sou uma ave de rapina.

Sou a pedra do alicerce

Sou a chuva de graniso

Sou o fervor da tua prece

Num momento indeciso.

Sou simplesmente a partida

Sou o som do desconhecido

E a história de uma vida

De um pobre poeta esquecido.

Sou aquele sabiá que canta

No galho da laranjeira

Sou a beleza que encanta

Sou o mourão da porteira.

Sou o ideal de uma busca

Sou o gume da espada

Sou a estrela que ofusca

Com brilho da alvorada.

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 16/06/2010
Código do texto: T2322292
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