Escrevendo sobre o amor.

Eu sou as contas do terço

E as cordas de uma viola

Sou o balanço do berço

E um canário na gaiola.

Sou a geada na relva

Sou uma foto na carteira

A onça solta na selva

O respingo da cachoeira.

Sou a caneta de prata

Escrevendo sobre o amor

Sou o acorde da serenata

O nectar doce da flor.

Sou a bengala do idoso

O relógio lá na parede

Sou o chocolate cremoso

Que manchou o vestido verde.

Sou uma petála guardada

Numa pequena caixinha azul

Sou o verde de uma invernada

Do Belo Rio Grande do Sul.

Sou o nada e sou o tudo

Sou a vontade vencer

Sou o emblema do escudo

A neblina no amanhecer.

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 14/06/2010
Reeditado em 15/06/2010
Código do texto: T2319717
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