Sem retorno.
A vida é uma estrada
Com começo meio e fim
Com curva e encruzilada
E nem sempre vai pro jardim.
Tem subida e descida
Pedregulho e muita poeira
Algumas pontes caidas
Vai margeando a ribanceira.
Em certas partes eu esbarro
Com barranco alto dos dois lados
E quando chove vira barro
E os burros ficam atolados.
Se vê flores em alguma parte
Nas margens desse caminho
Mas em meio a tão bela arte
Está camuflado o espinho.
Caminhamos de mãos dadas
E outras vezes tão solitário
Mas sempre na mesma estrada
Vamos admirando o cenário.
Eu busco um discernimento
Pra poder continuar a jornada
Por não ver em nenhum momento
Um retorno ao longo dessa estrada.