A humildade camuflada.
Sou a força de um gigante
E a vontade de um clamor
Eu sou a busca constante
Sou a sutileza de uma flor.
Sou um furioso vendaval
E o revoar de uma borboleta
Sou a jóia de um pedestal
Sou a tinta de uma caneta.
Sou um torpedo que segue
Em busca do alvo desejado
Uma mente que não consegue
Se desvencilhar de um passado.
Sou a curva de uma estrada
Onde desaparecem os rastros
Sou a humildade camuflada
Que flutua entre os astros.
Sou amante de tudo que é belo
Sou um livro que você ainda vai ler
Sou o autor desse verso singelo
Que o papel me permitiu escrever.
Sou uma garça que revoa
Sobre as aguas de um rio manso
Sou aquela vóz que entoa
Uma canção suave enquanto avanço.
Buscando a almejada serenidade
Que tanta falta agora me faz
Quero que ela fale com essa ansiedade
Que tempo roubou a minha paz.