A humildade camuflada.

Sou a força de um gigante

E a vontade de um clamor

Eu sou a busca constante

Sou a sutileza de uma flor.

Sou um furioso vendaval

E o revoar de uma borboleta

Sou a jóia de um pedestal

Sou a tinta de uma caneta.

Sou um torpedo que segue

Em busca do alvo desejado

Uma mente que não consegue

Se desvencilhar de um passado.

Sou a curva de uma estrada

Onde desaparecem os rastros

Sou a humildade camuflada

Que flutua entre os astros.

Sou amante de tudo que é belo

Sou um livro que você ainda vai ler

Sou o autor desse verso singelo

Que o papel me permitiu escrever.

Sou uma garça que revoa

Sobre as aguas de um rio manso

Sou aquela vóz que entoa

Uma canção suave enquanto avanço.

Buscando a almejada serenidade

Que tanta falta agora me faz

Quero que ela fale com essa ansiedade

Que tempo roubou a minha paz.

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 29/05/2010
Código do texto: T2287140
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